terça-feira, 19 de julho de 2011

Inclusão digital - Parceria com Lan houses

Na década de 90, ter conhecimentos básicos em informática era um bom diferencial profissional, pois foi a partir desta década, que os computadores se tornaram instrumentos comuns nas empresas. Atualmente, possuir conhecimentos mínimos de informática é algo tão básico e primário, que até deixou de ser um item requerido em vagas de emprego.

Apesar desta imensa popularização dos computadores, no Brasil, milhares de pessoas não tem acesso a computadores, muito menos às facilidades que eles oferecem. 

Infelizmente, num país onde os professores ainda são desvalorizados e os hospitais públicos são, na maioria das vezes, causam mais desconforto que as próprias enfermidades dos pacientes, pensar que esse apartheid digital será sanado apenas com os projetos e políticas públicas de inclusão digital é uma pobre ilusão.

Uma alternativa para suavizar essa lacuna que o governo não consegue ocupar, é o voluntariado de pessoas que com recursos próprios e ou com parcerias com empresas privadas, exercem um trabalho de formiguinha nesse processo de alfabetização digital. 

Recentemente, iniciamos um trabalho de aulas gratuitas de informática em uma Lan-house. O projeto tem como objetivo principal, contribuir para a formação do cidadão, através de cursos de informática, como mecanismos de capacitação e de equidade social, cultural, intelectual e profissional.

Com o intuito de promover uma integração mais direta de toda a comunidade com o projeto, buscamos parceria com uma Lan-house. Utilizando da sua infraestrutura para a ministração dos cursos.

Esse tipo de parceria favorece tanto a Lan-house quanto o projeto, pois o devido valor de acesso por máquinas utilizadas durante o curso será pago ao estabelecimento; e, ao aproveitar toda a infraestrutura do local, eliminam-se os custos do projeto com maquinário e instalação.

Pretendemos também com esse trabalho, elevar o nível de qualidade na utilização dos computadores pelos usuários, para que eles possam ter um uso mais produtivo da internet, e até um melhor aproveitamento dos softwares instalados nos equipamentos do lugar. Transformando, pois, os indivíduos participantes em melhores usuários, estudantes mais preparados e profissionais mais capacitados, promovendo crescimento para toda a comunidade.


Nesse projeto estamos tendo o patrocínio da empresa Datalog no pagamento das horas da Lan house.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Projeto Ser Cidadão Digital

O programa do Projeto Ser Cidadão Digital, busca inserir os funcionários de limpeza de museus no acesso à tecnologia da informação.

sábado, 30 de abril de 2011

Entre príncipes e tesoureiros, nós somos os bobos! - Mensalão do PT

Enquanto o mundo olha para o casamento de um aparente bom rapaz, membro da realeza britânica, a nossa república promove uma festa a fantasia às escuras nos porões do partido da nossa presidenta Dilma, onde no nosso convite, somos obrigados a vestir a indumentária de bobos-da-côrte!

Enfim, a sequência da trama do Mensalão do PT é descortinada com uma das recompensas públicas ao mártir tesoureiro.

É sabido que em situações de flagrantes e denúncias sobre corrupção, é necessário eleger um "boi de piranha" para ser devorado pela opinião pública, que é direcionada conforme o tamanho da voracidade dos interesses da midia.

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, expulso em 2005 pelo descuido de ter sido descoberto ao ser agraciado com um carro de presente, teve a sua refiliação aprovada à legenda nessa sexta-feira, 29/04/2011, pelo diretório nacional do partido.

Ainda me lembro, quando na adolescência, eu era bombardeado pelos professores das escolas públicas, declaradamente petistas, com os ideias socialistas e de equidade social. Observo com uma certa desesperança o que ocorreu com o partido feito por trabalhadores para lutar pelos trabalhadores, cujo o principal mecanismo de luta, era a denúncia contra a corrupção na política brasileira.

É! Eu já me vesti de vermelho, acreditando estar militando por um Brasil melhor, livre do vampirismo político e de todos os nepotismos e sangrias dos recursos públicos que estamos acostumados a observar.

Me resta agora, continuar acreditando num país melhor, não mais com o romantismo ingênuo da adolescência, mas com a consciência de quem sabe que a corrupção no Brasil é cultural e que todo e qualquer brasileiro tem que vencer um exército dentro si mesmo, para não cair nas mesmas falhas e tentações dos nossos governantes.

Me resta agora, ser confortado pela belíssimas vozes da nova safra da música sertaneja. Me alegro muito ao ver no trio abaixo, não só a beleza, mas a evolução em vocal, letra e arranjos de uma das mais legítimas vertentes da musicalidade da nossa Tribo Tupiniquim.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Racismo ainda é uma questão de auto-ignorância - Não nos enxergamos pelos nossos próprios olhos

Nós brasileiros, ainda temos muito que evoluir quando se trata em discernimento e senso crítico. Ainda somos muito influenciados pelas aparências, ou melhor dizendo, pela forma que aprendemos a enxergar as aparências. Aprendemos a enxergar as aparências pelo olhar da "classe dominante", utilizando um termo bem comum aos profissionais do serviço social. Infelizmente, pelo distanciamento físico e cultural que essa classe tem da maioria da população, a visão que nos é passada, é uma visão estereotipada e caricata.

Essa influência no interpretar do outro é tão antiga que pode ser vista desde a colonização, onde os nossos dominadores lusitanos determinavam o padrão de conduta e a aparência correta. A visão altiva dos novos donos do Brasil, confundia não só a inexistência de uma educação formal nos dominados, como sua revolta e rebeldia, com estupidez e inferioridade. Agravemos a isso, a depreciação natural que ocorre para com um povo colonizado e explorado, considerados de terceira classe: os indígenas e os escravos africanos.

Voltando aos dias atuais, percebemos a remanescência dessa forma de enxergar a aparência alheia, mesmo que diluída, em todos nós. Essa visão vem sendo reverberada de geração à geração, não só em expressões depreciativas, como na admiração gratuita pelo que a "classe dominante" determina ser o padrão. 

Precisamos realizar uma imersão em nossa identidade, precisamos exercitar o processo de auto avaliação, para só depois, aprendermos a exercitar a avaliação do outro de forma correta e sem influências fidalgas. Esse processo de mudança de paradigmas é lento e trabalhoso, uma vez que as métricas a serem descontruídas nos foram inseridas desde a infância.

Ao fazermos essa análise da sociedade brasileira, entendemos por que existem pesquisas que relatam que a maioria da população não se enxerga como racista, mas mesmo assim, apresenta diariamente atitudes de desconfiança e pré-conceito.

Apesar deste texto ser direcionado para construirmos reflexões sobre a discriminação racial e social, podemos estendê-lo para os pré-conceitos direcionados contra a mulher e os homossexuais.


terça-feira, 29 de março de 2011

Crack - Quem são os responsáveis por esse problema?

Outro dia, conversando com um amigo, apresentei meu ponto de vista sobre alguns usuários de drogas que se encontram em estado de vulnerabilidade social. Eu lhe disse que observava nesses usuários, uma grande impotência para sair das drogas, uma vez que a dependência não seria apenas emocional e psicológica, mas também, fisiológica. Argumentei que se já possuímos dificuldades em abandonar maus hábitos, maus olhares, más impressões e desconstruir paradigmas, os quais orbitam na esfera da cultura, da racionalidade e dos sentimentos, como será então, com um dependente de drogas que tem o agravante do fator químico, que faz o cérebro "gritar" com todo o sistema nervoso do usuário. Ele de pronto discordou, alegando que todos temos escolha, e que só usam drogas aqueles que querem. Eu até concordo que, inicialmente, a opção é unicamente da pessoa, mesmo que existam inúmeros fatores que a levaram à isso. Contudo, não tenho certeza de que a saída desse vício, seja tão simples assim, ao ponto de depender apenas de força de vontade do indivíduo sozinho.
Abaixo, o video de Antônio Carlos Costa, entrevistando duas moças dependentes químicas, que moram embaixo de um viaduto.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Retorno das atividades

Mesmo entendendo a integralidade do ser, de seus pensares, idéias e ideais, venho aqui admitir que me sinto mais confortável e organizado, dividindo o conteúdo em blogs específicos. Refiro-me ao post onde expliquei a suspensão das atividades aqui na Tribo, por conta de uma centralização de postagens no nosso primeiro blog, de cunho mais pessoal e espiritualista.

A idéia funcionou, contudo, ainda existem em nós (ok, em mim!), filtros que nos levam à ponderações de "onde locar determinados livros em determinadas prateleiras". É, eu sei! Estou "prolixando" a seguinte afirmação: Me sinto melhor dividindo os assuntos em blogs distintos!

Espero que a patroa aprove e contribua nos dois blogs, pois desde o nosso casório, a caminhada e as decisões são sempre conjuntas.

Troquei o layout por esse modelo totalmente "nú", para centralizar ainda mais a atenção dos leitores ao que pretendo desenvolver com mais afinco de agora em diante: As postagens. 

PAZ!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Suspensão das atividades

As atividades desse blog estarão suspensas por tempo indeterminado.
Estamos a partir de agora, concentrando os nossos posts no blog Mano e Livia.
Recomendamos que os amigos leitores desse blog, passem a nos acompanhar pelo blog Mano e Livia, onde já existe um post explicando essa suspensão de atividades.


Abraços e saudações.
PAZ

quinta-feira, 4 de março de 2010

Projeto de lei "Ficha Limpa"

2 MILHÕES CONTRA A CORRUPÇÃO 

 Clique na imagem acima e participe desse abaixo assinado digital.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mensalão dos restaurantes nas viagens de ônibus

12:40 AM, horário de verão em Brasília, o ônibus estaciona em algum lugar no meio do nada. Um pequeno povoado parado no tempo. Entre a poeira e os tupiniquins locais, havia um estabelecimento que o motorista teve a cara-de-pau de chamar de restaurante.

Ok, eu explico. Tudo começou...

Após um ano de labuta, de muitos pagamentos de contas, de muito ônibus lotado e escândalos noticiados na nossa linda e "empoeirada" capital nacional, estávamos enfim, embarcando para as nossas desejadas e merecidas "férias de fim de ano". Sexta-feira, dia 18 de dezembro, eu, a patroa e Deus, embarcamos numa viagem de 36 horas rumo à Parnaíba, litoral piauiense.
Por não termos nos planejados com alguns meses de antecedência, a possibilidade de relizarmos o trajeto de avião se tornou financeiramente inviável. Então, optamos por uma viagem de ônibus.
Graças a Deus, conseguimos comprar passagens para as primeiras poltronas do ônibus, onde o espaço para esticar as pernas é um pouco maior, o que é um tremendo benefício numa viagem tão longa.
Conforme os caminhos foram sendo percorridos, algumas questões começaram a intrigar minha linda esposa. Ela começou a me questionar qual era o critério utilizado pelo motorista, ao escolher os restaurantes das paradas para as refeições e banhos, pois já percebia que não estávamos parando nos melhores locais. Eu expliquei para ela, que a corrupção não era uma exclusividade da classe política, e que existia um "esquema" para determinar os locais escolhidos para as paradas. Ela surpreendeu-se em ouvir que existia mensalão até para motoristas de ônibus de viagens interestaduais. Em sua santa ingenuidade, ela supunha que a empresa responsável pelo transporte, se preocuparia em escolher os melhores restaurantes (melhores comidas e melhores instalações) para um melhor conforto dos passageiros.
Foi quando chegamos à introdução deste post. Uma cidade, no interior do Piauí (não lembro o nome), onde a única placa existente dizia: TERESINA - 500 KM. De um lado, NADA! Absolutamente nada. Do outro lado, um posto de gasolina com uma pequena instalação. Ainda estávamos com a terrível suspeita de que o ônibus tivesse quebrado, e por isso, o motorista foi obrigado a estacionar naquele local fora do mapa, mas essa impressão foi subitamente interrompida pela realidade que era muito pior: - "Parada para o almoço de 30 minutos!" Avisou o motorista aos passageiros.
Descemos com aquela sensação de que o tempero e o preço deveriam compensar o embaraço da imagem, até sermos novamente, trazidos à realidade pela falta de opção no self-service e pela "bagatela" de R$ 18 pilas, o quilo.
Enfim, quem está na chuva é pra se molhar, mas como seguro morreu de velho, fui primeiro ao caixa perguntar se ele aceitava cartão da bandeira Redecard. O atendente meu olhou meio que tentando assimilar a minha pergunta e apenas apontou com o queixo o cartaz da bandeira VISA, esboçando um: - "Sim." Eu saquei o cartão, mostrei que se tratava de outra bandeira e insisti na pergunta. Novamente ele me olhou com uma cara de: - "O que esse cara tá dizendo???" E então, me despachou, repetindo o mesmo movimento com o queixo apontando para o cartaz da VISA dizendo: - "Não."
Resumo da ópera: Não tínhamos dinheiro para almoçar no estabelecimento que antes desdenhávamos. Aqui vai uma boa dica: LEVE DINHEIRO! CASH! DINDIN! Pouco, mas leve.
Ao retornarmos para o ônibus e nos confortarmos com um belo pacote de batatas fritas e refrigerante, observamos o motorista receber um tapinha nas costas acompanhado de um discreto envelope com sua comissão.
É isso mesmo!!
Bom, pensei bem em desabafar esse fato tão comum à todos aqueles que viajam de ônibus nesse nosso Brasilzão! Afinal, em época de tantos processos, tal exercício da livre expressão é visto como calúnia e difamação, até por que, para afirmar tal coisa, nós teríamos que ter filmado o motorista recebendo tal envelope. Vou deixar no ar se filmamos ou não. Só adianto, que a patroa estava de posse do seu celular, que possui dispositivo de filmagem. GRAÇAS A DEUS! A verdade é que na revisão desse texto, covardemente, retirei o nome da empresa de ônibus.
Essa é uma das muitas aventuras que estamos vivendo nessa viagem, até a volta, com certeza teremos mais posts.
Até lá!!